Com a saída do verão, iniciamos a fase de transição do período de águas para o período seco do ano, em que ocorre a diminuição das chuvas, o capim começa a secar e consequentemente observamos a diminuição da qualidade nutricional do pasto. Essas oscilações ligadas a qualidade e disponibilidade das pastagens ao longo do ano afetarão de maneira significativa o desempenho animal, por isso se faz necessário um manejo nutricional específico para cada fase, não somente na seca e águas, mas também nas fases transicionais.
A fase de transição é análoga ao início de dieta para perda de peso dos seres humanos, que saem de uma dieta muito farta em calorias e optam por uma alimentação com menor densidade energética (menos calórica), e o mais comum, ao iniciarmos uma nova dieta é não notar uma perda de peso imediata, mas com o passar dos meses a mudança causa efeitos significativos. Quando trazemos o olhar para os bovinos, ao saírem da fartura do pasto verde, para um que está em queda de qualidade, esses animais começam a perder peso de maneira sutil, além de que o maior teor de fibra do pasto poderá causar enchimento no animal, e ele poderá ingerir menos capim, causando um déficit calórico maior ainda. Pelo fato dessa queda de peso ser gradativa, muitos pecuaristas não enxergam de imediato o impacto que a perda de peso nestes três/quatro meses de transição podem causar na balança, e o quanto essa perda poderá representar um alto custo para ser recuperada nos meses seguintes, sendo necessário um alto investimento em nutrição para “tapar o buraco” da falta de planejamento.
Como estratégia para essa fase, muitos pecuaristas optam por vedar os pastos, para que haja acúmulo de massa, a ser aproveitada no período mais seco que se aproxima. Aliado a isso, a técnica de realocar animais, seja por descarte ou redistribuição, aliviando a taxa de lotação dos pastos, também tornam-se alternativas viáveis a serem iniciadas nessa fase, associadas a suplementação estratégica. Todas essas tomadas de decisões visam diminuir o impacto da entrada da seca, para que não haja surpresas com a falta de alimento na fase mais crítica do ano. Vale ressaltar que todas as decisões tomadas ainda na época de águas e transição, determinarão o sucesso da colheita do capim no período seco e também nas águas do próximo ano, e à vista disso o sucesso no desempenho dos animais a longo prazo.
Lima et al. (2012) estudando a suplementação em períodos de transição água-seca em capim piatã encontraram valores para proteína do pasto de 9,4%, 8,8% e 4,1% para os meses de abril, maio e junho respectivamente, mostrando a queda da qualidade do pasto em função do período de transição. No mesmo estudo, foi fornecido suplementação de 0,2% (proteinado) , 0,3% e 0,5% (ambos proteicos-energéticos) nestes meses, e observaram que os suplementos incrementaram o ganho de peso diário e o retorno financeiro dos animais em comparação ao tratamento controle que recebia um sal mineral com ureia, demonstrando que a estratégia é eficiente para otimizar o ganho de peso, além de que, animais que são suplementados tendem a saírem antes da fazenda, otimizando assim a taxa de desfrute, além da vantagem do rebanho ser abatido precocemente.
Barbosa et al. (2007) afirmam que o uso da suplementação proteico-energética têm demonstrado efeitos positivos na fase de transição das águas-secas se comparados a animais suplementados somente com sal mineral. Esses autores em estudo buscando avaliar consumo e desempenho animal nesta fase, encontraram que bovinos recebendo suplementos protéicos-energéticos 0,2% e 0,4% do Peso Corporal, ganharam 120g (22%) e 211g (40%) a mais que os animais que estavam no sal mineral na fase de transição das águas-secas.
De acordo com os estudos, podemos notar que a suplementação estratégica tende a gerar resultados de ganhos satisfatórios, além de que, preparar os animais para que eles otimizem o consumo do pasto na fase pré seca, faz com que o uso da forragem, que é o recurso de base alimentar dos ruminantes, seja utilizada de maneira eficiente.
Buscando suprir as necessidades dos animais nessa fase do ano, a Macal possui uma linha completa de produtos que retomam o equilíbrio da dieta. A linha mineral com ureia e protéicos de baixo consumo, como o Macal 4020 e o Macal N102, levam até o cocho o melhor em nutrição no período transicional, buscando otimizar o uso da forragem, por possuírem proteína de alta disponibilidade, tornando a arroba produzida no pasto mais rentável ao produtor. Quer saber mais sobre nutrição estratégica? Fale com um de nossos representantes, e receba uma consultoria personalizada para o seu sistema de produção.
BARBOSA, F.A. et al. Desempenho e consumo de matéria seca de bovinos sob suplementação protéico-energética, durante a época de transição água-seca. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. [online]. 2007, vol.59, n.1 [cited 2021-04-23], pp.160-167. Available from: . ISSN 1678-4162. https://doi.org/10.1590/S0102-09352007000100027.
LIMA, J.B.M.P. et al. Suplementação de novilhos Nelore sob pastejo, no período de transição águas-seca. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. [online]. 2012, vol.64, n.4 [cited 2021-04-23], pp.943-952. Available from: . ISSN 0102-0935. https://doi.org/10.1590/S0102-09352012000400022.
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